Como funcionam os materiais elétricos à prova de propagação de explosão?

Os materiais elétricos à prova de propagação de explosão são conhecidos pela marcação “Ex d” e são muito utilizados em áreas classificadas.

Esses materiais são considerados pioneiros no setor de áreas classificadas. Por exemplo, de acordo com a ABNT NBR IEC 60079-1, o involucro à prova de propagação de explosão pode suportar a pressão desenvolvida durante uma explosão interna de uma mistura explosiva e ela impede a transmissão da explosão ao redor dele.

Para entender melhor, podemos pensar num painel de ligação à prova de propagação de explosão. Nele, são ligados componentes elétricos e se eles falharem, um tipo de ignição pode ser gerado. Se o painel tem proteção, a explosão interna não vai se propagar para o ambiente externo. Ou seja, na pior das hipóteses, apenas o equipamento vai deixar de funcionar, diferentemente do caso de um painel de ligação comum, que poderia fazer com que a fábrica pegasse fogo e até explodisse.

Outra situação que podemos analisar sobre os materiais elétricos à prova de propagação de explosão é que, durante a manutenção dos equipamentos, é possível que gases ou poeiras inflamáveis entrem, formando uma atmosfera explosiva. Assim, quando há ignição, o equipamento literalmente explode na parte interna.

Por isso, esses produtos são certificados e sua função é garantir a segurança da operação mesmo sob condições extremas como essa, isso porque, eles são projetados para garantir que o calor da explosão não entre em contato com o ambiente interno.

Funcionamento dos materiais elétricos à prova de propagação de explosão

Depois que a explosão acontece, o gás procura uma fuga do equipamento. Assim, os equipamentos “Ex d”, são projetados para que o gás tenha um tempo de resfriamento no caminho até conseguir a fuga para a parte externa.

Esse resfriamento acontece de duas maneiras:

  • Juntas com formato circular com rosca, já são capazes de fazer o resfriamento ao longo da conexão. Assim sendo, o gás percorre o caminho até sair numa temperatura segura. Todo esse percurso deve ser calculado de acordo com a norma ABNT NBR IEC 60079-1.
  • Com juntas flangeladas, o contato entre a tampa e o corpo é sobreposto, sem o mesmo percurso para o gás sair resfriado. Assim, para compensar as juntas tem comprimento mínimo, para prolongar o caminho da chama, para que ela não apresente riscos na saída, de acordo com a norma ABNT NBR IEC 60079-1

Em conclusão, é essencial contar com um fabricante que tenha o selo do Inmetro na hora de adquirir seus produtos à prova de propagação de explosão.

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